A sustentabilidade não é um tema recente, mas hoje em dia nunca se falou tanto sobre os aspectos ESG (Environmental, Social and Governance), termo que representa a avaliação de uma empresa em relação aos fatores ambiental, social e de governança. De fato, desde a década de 70, já se sabia sobre a degradação dos recursos naturais. Reunidos durante a Conferência de Estocolmo em 1972, chefes de estado do mundo todo evidenciaram o desequilíbrio entre consumo e capacidade de suporte do planeta. Desde então vem se consolidando a ideia de que o atual modelo de desenvolvimento econômico pautado no uso excessivo dos recursos naturais, embora possa satisfazer à sociedade no presente, é uma rota de colisão no futuro, pois compromete a capacidade das gerações seguintes em suprir suas próprias necessidades.
Ao longo dos últimos 30 anos, as discussões lideradas pelas Nações Unidas resultaram em avanços nas estratégias para o desenvolvimento sustentável, tais como a criação do Pacto Global das Nações Unidas e dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), representados por 17 temas prioritários relacionados aos aspectos ambientais, sociais e econômicos. A ONU considera que as empresas são parceiras vitais para alcance da sustentabilidade e devem trabalhar para alinhar seu planejamento estratégico com os ODS.
Neste contexto, as empresas que não aderirem às práticas sustentáveis estão fadadas ao fracasso em médio e longo prazo. As pressões existem tanto por parte dos consumidores, que estão cada vez mais atentos às marcas com selos sustentáveis, quanto de investidores que concentram suas aplicações em fundos ESG. Este tipo de investimento é conhecido por priorizar valores ambientais, sociais e de governança, possibilitando aplicar dinheiro em empresas que mantém a sustentabilidade como foco de suas ações.
Uma das formas das empresas demostrarem sua aderência à sustentabilidade é através da elaboração do relato de sustentabilidade. Atualmente, a maioria das empresas no mundo todo divulgam seu desempenho e os impactos positivos e negativos de suas atividades sobre o planeta. Mais do que uma peça de comunicação, o relatório é uma ferramenta valiosa para tomada de decisão, estimular mudanças e desenvolvimento organizacional, obter melhor desempenho, engajar partes interessadas e atrair investimento.
Para que possam ser eficazes esses relatórios devem seguir padrões internacionalmente reconhecidos para esse fim, tais como os oferecidos pela GRI (Global Reporting Initiative) cujas especificações são utilizadas por mais de 90 países, por empresas de todos os tamanhos e setores. Estimativas indicam que entre a 250 maiores companhias do mundo, 93% relatam seu desempenho sustentável e, destas, 82% o fazem dentro dos padrões estabelecidos pela GRI.
De acordo com GRI, o relatório deve atender 10 princípios fundamentais: inclusão de partes interessadas, contexto de sustentabilidade, materialidade, integralidade, equilíbrio, comparabilidade, exatidão, pontualidade, clareza e confiabilidade.
Responsáveis por 35% das emissões de dióxido de carbono, as empresas de petróleo têm sido pressionadas na busca de soluções para minimizar as emissões de GEE (gases de efeito estufa), aumentar a captura e armazenamento de carbono e investir em inovação para novas fontes de energia. Em seu último relatório de sustentabilidade a Petrobras afirmou que está seguindo a tendência de redução das emissões de GEE, tendo alcançado um decréscimo de 5% em relação à 2019 (equivalente à 56 milhões de tCO2) o que está compatível com sua meta de redução em 25% até 2030, comparado à 2015. O relatório destaca a resiliência climática e transição para economia de baixo carbono como um dos tópicos materiais prioritários e descreve como a companhia vem fazendo para descarbonizar seus processos, especialmente aqueles que reduzem a queima de gás natural em flare, reinjeção de CO2 e ganhos de eficiência energética.
Com a ambição de se tornar no futuro, líder na transição energética, a Equinor vem investindo no fortalecimento das metas climáticas para ser uma companhia net-zero até 2050, ou seja, ela pretende eliminar as emissões indiretas geradas por toda a cadeia de valor, incluindo fornecedores e clientes. O relatório de sustentabilidade de 2020 mostra como a Equinor está preparada para isso, seja implantando fazendas eólicas offshore, desenvolvendo projetos de energia solar e realizando pesquisas em inovação e tecnologia para descarbonização. No mesmo ano, em parceria com governos, indústria e investidores, avançou em projetos de sequestro e estoque de carbono e hidrogênio verde. Especula-se que essas tecnologias serão cruciais para cumprir as metas estabelecidas no acordo de Paris de 2016 sobre as mudanças climáticas para reduzir as emissões globais.
Tendo como pilar do seu negócio a revitalização de campos maduros e extensão da sua vida útil, a Trident Energy pretende fazer isso agregando valor aos stakeholders e contribuindo para a sustentabilidade. Em seu primeiro relatório realizado em 2020, a companhia mostra como está se organizando para identificar e mitigar suas emissões de GEE e assim, controlar os efeitos das mudanças climáticas. O relatório notifica um aumento da intensidade de CO2 em 2020 em relação ao ano passado, isso devido a aquisição dos Campos Pampo e Enchova localizados na Bacia de Campos. Ao mesmo tempo, a companhia planeja reduzir a queima rotineira por flare, durante suas operações, nos próximos 5 anos.
A análise do conteúdo dos relatórios de sustentabilidade aponta para um fato, que é uma mudança na visão estratégica das empresas e de sua alta liderança na direção da transição energética e no desenvolvimento sustentável. Resta saber se os investimentos em tecnologia e inovação irão resultar em resultados práticos e no alcance das metas estabelecidas.
Como a AFCP pode ajudar sua empresa a ter sucesso em ESG?
Antes da perfuração, completação, intervenção e abandono, todas as mitigações de risco possíveis devem estar em vigor para evitar danos ao meio ambiente:
§ Gestão, Conformidade e Diligência Ambiental;
§ Auditorias pré-A&D e análise de risco do projeto;
§ Auditorias de conformidade regulatória;
§ Relatório e avaliação de impacto ambiental;
§ Desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental;
§ Relatórios de Sustentabilidade.
É importante medir e reportar de acordo com padrões reconhecidos internacionalmente, como os Padrões de Relatório de Sustentabilidade GRI.
Isso garante a qualidade e comparabilidade dos dados e contribui para uma melhor tomada de decisão ao permitir o acesso a informações que promovem melhores decisões.
Para mais informações sobre nossas iniciativas em ESG entre em contato conosco:
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