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Olhos fixos nas energias renováveis...

fgermini

Uma revolução verde está sacudindo o setor de energia global. Existe uma clara oportunidade de mercado que precisa ser abordada e a pressão dos investidores e das partes interessadas só aumenta com o tempo.


Em 2015, 195 países concordaram em reduzir "greenhouse gas emissions", as emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa, para impedir que as temperaturas globais aumentassem em mais de 1,5-2,0 °C acima dos níveis pré-industriais na reunião histórica da ONU sobre mudança climática em Paris. Isso marcou uma virada para a indústria do petróleo. O combustível pesado em carbono é responsável por cerca de um terço das emissões atuais e sua substituição por eletricidade e energias limpas será crucial para atingir essa meta global.

Desde 1965 a indústria do petróleo contribuiu com cerca de 480 bilhões de toneladas de dioxido de carbono, onde 19 dos 20 maiores produtores são grandes petrolíferas Nacionais e Internacionais, segundo reportado pelo jornal ingês The Guardian.

As petroleiras europeias (Shell, BP, ENI) estão sob pressão de ativistas, bancos, investidores e alguns governos para abandonar os combustíveis fósseis.


A italiana ENI pretende assumir um papel de liderança no processo de transição energética e está preparada para uma nova fase de evolução do seu modelo de negócio que, fortemente focado na criação de valor a longo prazo, alia sustentabilidade econômica e financeira à sustentabilidade ambiental. O gás assumirá um papel cada vez mais importante no futuro da empresa, com o objetivo de atingir uma quota de 60% do mix de produção em 2030 e cerca de 85% em 2050, o que tornará o portfólio da empresa mais sustentável, explorando combustíveis fósseis com menores emissões. O gás atuará como um combustível intermediário para a transição energética de longo prazo.


Em um anúncio no início de Agosto, a inglesa BP disse que cortaria sua produção de petróleo e gás em 40% até 2030 e gastaria US $ 5 bilhões por ano em projetos de baixo carbono, o que espera transformá-la em um dos maiores produtores de energia verde do mundo. Também está planejando vender ativos de petróleo e gás que não serão economicamente viáveis com preços mais baixos do petróleo para levantar US $ 25 bilhões até 2025 para ajudar a financiar sua transição para uma energia mais limpa. A empresa já tem uma dívida de $ 41 bilhões e conforme os investidores se afastam cada vez mais dos produtores de combustíveis fósseis em favor das empresas de energia verde, suas ações caíram pela metade nos últimos dois anos, reduzindo seu valor de mercado para menos de $ 80 bilhões.


Em contraste, as ações da Orsted da Dinamarca, uma das maiores incorporadoras eólicas offshore do mundo, aumentaram 135% no mesmo período, e agora agregam umm valor de mercado de US $ 60 bilhões. A Orsted atualmente tem 10 GW de capacidade instalada de energia eólica - ainda apenas um quinto da meta da BP - e se comprometeu a adicionar outros 3,8 gigawatts.


As ações da concessionária espanhola Iberdrola, que tem 33 GW de energia renovável instalada e está desenvolvendo diversos projetos, saltaram 78% nos últimos dois anos, elevando sua capitalização de mercado para US $ 80 bilhões, no mesmo nível da BP.

Os exemplos da Orsted e Iberdrola deixam muito claro o caminho a ser adotado pelas grandes operadoras. A estrada para transição energética será acidentada para as grandes petrolíferas; elas têm pouca experiência em renováveis e novos investimentos podem trazer um grande risco, pois nem todos os investimentos provavelmente serão bem-sucedidos. No entanto, a abordagem 'business as usual' pode ser excessivamente arriscada a longo prazo. Reinventar o negócio agora que os preços do petróleo ainda estão relativamente "altos" deve ser mais fácil do que daqui a 10 anos, quando a demanda reduzirá de maneira acentuada com o advento dos carros elétricos.



 
 
 

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