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As Mudanças Climáticas e Desafios da Indústria de Óleo e Gás

Por: Elianne Omena (Principal Partner Environment)




ARTIGO


O recente relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) alerta que se as ações para minimizar os impactos de mudanças climáticas não forem aplicadas imediatamente e, se as reduções nas emissões não ocorrerem em larga escala, dificilmente se alcançará a meta de limitar o aquecimento global a 1.5°C ou mesmo a 2°C. Neste contexto, espera-se que o aquecimento do planeta continue levando não só ao aumento da temperatura do planeta, mas também a alterações no regime de chuvas, no aumento do nível dos oceanos e no derretimento do gelo das calotas polares. Os impactos decorrentes das mudanças climáticas colocam em risco a vida na Terra, pelo menos na forma que a conhecemos hoje, e trazem prejuízos a saúde, a sociedade e economia.


Responsáveis por 35% das emissões de dióxido de carbono, as empresas de petróleo vêm modificando sua visão estratégica na direção da transição energética e no desenvolvimento sustentável. As principais ambições relacionam-se aos compromissos para minimizar as emissões de gases efeito estufa, aumentar a captura e armazenamento de carbono, além de buscar inovações para lidar com as emissões de escopo 3 e a pesquisa de novas fontes de energia.


Ainda assim, recentemente uma decisão judicial quer obrigar a Shell a ser muito mais ambiciosa em sua transição para uma economia de baixo carbono. Acusada, por uma organização ambiental holandesa, de ameaçar direitos humanos por sua produção desequilibrada de combustíveis fósseis, a multinacional petrolífera terá que reduzir suas emissões em 45% até o fim da década. A decisão é um marco porque, pela primeira vez, uma empresa é obrigada a se alinhar ao Acordo de Paris. Essa ação inédita e sem precedentes tem potencial de impactar petroleiras no mundo todo.


Da mesma forma, tem aumentado a pressão dos investidores para que as empresas estabeleçam metas e planos de descarbonização. A ExxonMobil vem perdendo cadeiras em seu conselho para lideranças que defendem a transição para energia mais limpa. Na Chevron, outra grande petroleira americana, 61% dos acionistas votaram a favor de uma proposta para que a companhia reduza as emissões de carbono de escopo 3, geradas pelos consumidores no uso dos combustíveis. O conselho tinha recomendado que os investidores rejeitassem a proposta.


Em seu plano estratégico 2021-2024, a Associação Global da Indústria de Óleo e Gás para Desempenho Ambiental e Social (IPIECA) destacou que a transição energética e os objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS) são questões centrais para o futuro do setor.


As estratégias para alcance destes objetivos sustentáveis na indústria O&G se baseiam em 4 eixos principais: clima, natureza, pessoas e sustentabilidade.




Descobrir como faremos para suprir as necessidades de energia em um mundo em transição para fontes de baixa emissão de carbono é a chave para o desenvolvimento sustentável. A indústria de óleo e gás, como líder da economia global, tem um papel fundamental na solução destes desafios.



Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) priorizados pela Petrobras (Relatório de Sustentabilidade , 2020)





Fontes de Referência:


IPECA, 2020. Sustainability reporting guidance for the oil and gas industry. 4th Edition. 212 pp


IPECA,2021. IPIECA 2021-2024 strategy. Advancing environmental and social performance. 7pp.



PETROBRAS, 2021. Relatório de Sustentabilidade 2020. 347 pp.




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